Origem do Duende da bota

Quando eu digo que “Toda criação livre tem uma história” estou falando mais de mim do que generalizando.

A história desta aquarela é longa. Ainda pandemia da COVID-19, ainda confinada, ainda com uma tese para finalizar e, ainda, cheia de dúvidas quanto ao futuro que nos esperava. Mas, ali, curtindo o sofá com meu cãozinho, olhei para frente e lá estava ele…

… Nomeei a criação como “Duende da bota”. Sim, amigos, “da bota” e não “de botas”, o que fica explícito logo na minha primeira foto: a forma de um tipo de máscara apareceu na minha bota na estante bagunçada.

Dali, já viu, rascunhei, rascunhei e decidi colocar um chapéu. Contei para os meus amigos que eram os gnomos e duendes da minha casa que volta e meia apareciam para mim (olhem o Gnomo do azulejo).

Mas, tadinho, só tinha uma cabeça e um chapéu, e eu gosto de contextualizar as pinturas. Diante do desafio de pintar o tema “frio”, de um grupo de aquarela que participo, veio a ideia.

Assim, o Duende da bota entrou numa caverna, acendeu uma fogueira e foi tocar flauta para aquecer ainda mais o coração.

Seguindo, o processo é o mesmo das outras: cubro com naquim, passo para o papel vegetal, decalco para o papel de aquarela e pinto.

Tá fofo né não?

Duende da bota

Finalização: aquarela
Papel: @cansonbr Moulin du Roy 100% cotton 300g
Tamanho: 10cm × 10 cm
Agosto de 2021